Acelerador de partículas - SIRIUS
Imagine você indo para lugares paradisíacos e tirando milhares de fotos, essa é uma maneira de conseguir guardar aquele momento e poder mostrar para outras pessoas e relembrar os momentos de sua vida. Agora, expanda mais essa imaginação, eleve ela para uma “máquina fotográfica” que pode, além de captar momentos belíssimos, fazer estudos, diagnósticos e melhorar ainda mais a tecnologia que usamos no dia a dia.
SIRIUS:
A maior e mais complexa estrutura cientifica construída no Brasil é a responsável pela investigação da composição e a estrutura da matéria em suas mais variadas formas. O SIRIUS faz a aceleração de partículas que produzem uma luz especial, a luz sincrotron. Essa luz é utilizada para investigar a composição e a estrutura de matérias em suas mais diversas formas, e essa investigação tem como objetivo desenvolver e melhorar medicamentos, curas para doenças, área de construção civil e exploração de petróleo. Está máquina acelera elétrons a velocidade da luz e não deixa com que elas se trombem, e com uma incrível energia fixa de 3 giga elétron-volt (GeV).
Funcionamento:
O SIRIUS faz o trabalho de gigante microscópio, quando está em serviço ele faz a aceleração de elétrons, e por ser uma estrutura circular, utiliza-se de grandes imãs chamados dipolos, que possibilitam os elétrons a continuarem na sua trajetória desejada e os convertem em luz. A luz resultante (LUZ SINCROTON) é de altíssimo brilho e passa pela luz visível, ultravioleta, infravermelho e, especialmente, raios-x. Além dos dipolos, o SIRIUS conta com um conjunto de imãs adicionais que são os “onduladores”, estes são uma sequência de imãs que ficam fazendo zigue-zague nos elétrons, possibilitando que a luz produzida seja 10 mil vezes mais intensa do que a gerada pelo seu antecessor, o UVX, o primeiro aparelho de luz sincrotron do país e que foi inaugurado em 1990 e desativado para dar lugar ao SIRIUS.
Estudos e COVID-19:
Dentro do acelerador de partículas existem diversas áreas de estudos, como por exemplo: Biotecnologia, biorrenováveis, nanotecnologia, estruturas de materiais, medicina e o ultimo estudo, digamos que um dos mais importantes nos últimos meses, o desenvolvimento de medicamentos contra o CORONAVIRUS.
Em março de 2020, o comissionamento científico iniciou pesquisas de cristalografia de proteínas do Sars-CoV-2, com o intuito de conseguir desenvolver algum medicamento que possa evitar que o ser humano adoeça por conta desde vírus.
As pesquisas quanto ao vírus, utilizou 2 equipes de cientistas, do Laboratório Nacional de Biociência, no CNPEM, e da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar). Cada time ficou com uma responsabilidade, o da CNPEM desvendaram estruturas em três dimensões inéditas da proteína 3CL, que tem papel importante na replicação do vírus no nosso corpo, e o time da UFSCar, analisou as estruturas de cristais de proteínas para poder avaliar que tipos de substancias poderiam se ligar ao vírus e impedir que que o Sars-CoV-2 infecte as células.
Além desse último estudo, o Laboratório Nacional de Biorrenováveis (LNBR), também do CNPEM, realizou estudos com enzimas de biomassa de cana-de-açúcar, com o objetivo de conseguir novas formas de aproveitamento da energia renovável.
Gostou do assunto? Quer saber mais sobre outros assuntos? Clique aqui Você tem interesse em desenvolver algum projeto? Ou tem uma ideia que deseja tirar do papel? Entre em contato com a gente para que possamos te ajudar, Fale Conosco!
Comments