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Gêmeos Digitais: da Simulação à Realidade

  • Foto do escritor: MecTRIA
    MecTRIA
  • 29 de jul.
  • 2 min de leitura
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As simulações de sistemas e equipamentos em softwares especializados representam boa parte do processo de fabricação de industrias ao redor do globo, sendo essenciais para a visualização prévia de erros e comportamentos mecânicos em maquinário e ferramentas, poupando retrabalhos e até perda de produção. Essa tecnologia representa uma grande vantagem em linhas de montagem e em fabricação de estruturas metálicas, mas já apresenta limitações em relação às simulações mais básicas, tornando-se necessário a implementação de cenários de simulação, tornando esses experimentos virtuais cada vez mais complexos e precisos.


Essa tecnologia tem nome, Gêmeos Digitais, do inglês Digital Twins, e se baseia na existência de uma cópia digital de um processo ou objeto, para posterior análise. Mas afinal, qual a diferença entre simulações e gêmeos digitais? Enquanto simulações são representações gráficas de um sistema ou objeto, seja em duas ou três dimensões, os gêmeos digitais são copias idênticas aos objetos fora do ambiente virtual, que contêm todas as informações da estrutura e do comportamento do sistema em que o objeto está inserido, enquanto os profissionais responsáveis por esse processo recebem atualizações em tempo real, o que permite mais verossimilhança para com a realidade.


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Embora pareça uma técnica do futuro, ela foi inicialmente tratada de forma pública em 2002 pelo especialista Michael Greaves, do Instituto Tecnológico da Flórida, durante uma conferência da Society of Manufacturing Engineers. Logo, grandes empresas fizeram parte da disseminação dessa tecnologia na indústria, como a implementação dos gêmeos digitais na manutenção e testes de veículos espaciais pela NASA. Porém, está presente também no Brasil, com a utilização desse método nas plataformas de petróleo da Petrobrás em Santos e da ALFAtwin em campo de Jubarte, localizado no Espírito Santo, projeto idealizado junto a ESSS, empresa de automação de sistemas, para o aumento da produção e redução de custos e tempo ocioso, utilizando as informações fornecidas pela própria Petrobras de suas respectivas plataformas off- shore.


Sua utilização segue um padrão, pois é mais comumente aplicado em processos muito complexos ou fisicamente grandes. Isso se deve ao alto custo de implementação e sua altíssima eficiência, sendo vista, por essas razões, como uma tecnologia para grandes empresas que necessitam de processos com a menor margem de erro possível. Mas, o maior trunfo dessa tecnologia é a sua utilização a longo prazo, processos podem ser simulados com precisão em um intervalo de anos, analisando decaimento de substâncias e degradação de materiais, assim como podem ajudar a espelhar e monitorar os sistemas de produção, sendo utilizado para processos logísticos e de inovação, não apenas de produção.


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Essencial para esse método, o mercado de processadores e placas gráficas está a todo vapor, com isso, não é exagero esperar um grande aumento na utilização dessa tecnologia na indústria, assim como o barateamento de sua aplicação. Sendo assim, com um investimento mínimo, pequenas empresas também podem fazer parte dessa inovação, garantindo um lugar nesse novo capítulo da engenharia, estimulando o mercado e o tornando cada vez mais competitivo e inovador.

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